Local:Arredores da Base Cavallone
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Minha carreira como mafioso havia acabado de começar, eu evitaria batalhas o máximo possível, mas sabia que em algum momento aquilo seria inevitável, deveria me precavi, tanto para minha defesa como pelo bem de toda familia Cavallone!
Era o começo do dia, cerca de 06 horas da manhã, saia da base dando a volta na mesma seguindo para o fundo, aonde se encontrava uma densa florestas com árvores de grande porte, diziam que as mesmas estavam ali á centenas de anos, deveria ser um ótimo local de treino.
Vestia uma calça jeans azul, uma camisa de manga vermelha, junto ao meu colete branco, carregava comigo um cantil com água, algumas barrinhas de cereal e meu arco com uma dezena de flechas.
Começava á andar entre as árvores, apanhava um punhado de folhas verdes que estavam na grama, segurava-as com a própria boca enquanto sacava meu arco, colocando uma flecha no mesmo, com a mão direita desocupada retirava uma das folhas na qual continha em minha boca, lançava-a á minha frente, a brisa levava a mesma pelo ar, antes da mesma cair no solo miro, e logo em seguida disparo a flecha, teria como alvo a folha, porém uma leve mudança no vento a folha movia-se para direita, a flecha seguia o percurso atingindo o tronco da árvore.
Aproximo-me da árvore, retiro a flecha que estaria presa nele retiro mais uma das folhas de minha boca logo após carregar o arco com a flecha, repito o mesmo processo novamente, lanço a folha no ar e lanço o arco e a flecha visando perfurar a folha, atingia em cheio, desta vez não teria interferência do vento, porém não era o bastante, eu devia aprender á tornar-me um só com o vento, afinal, em batalhas não haveria como eu controlar o clima, a direção e a potência do vento.
Não saberia se era obra do destino, naquele momento uma tempestade se aproximava, uma grande massa de ar atingia aquele local, as folhas balançavam com intensidade, era o momento perfeito, o movimento das árvores liberavam dezenas de folhas pelo ar, que rodopiavam, carregava o arco com a flecha, mirava em uma daquelas folhas, fechava ambos os olhos procurando sentir a direção e pressão do vento, lançava a flecha em grande velocidade, a folha sofria um grande impacto do vento mudando sua rota, a flecha seguia seu caminho, impactando-se contra o solo.
Carregava a flecha novamente, procurava concentrar-me, calcular a rota que a minha flecha poderia percorrer juntamente á folha, não sabia explicar como, mas começava á entender o modo como o vento agia, lançava a flecha em uma velocidade mediana, o vento era o bastante para aumentar sua velocidade, por meio segundo a flecha não atinge a folha, quase teria atingido-a.
Concentrava-me pela terceira vez, suspirava fundo, concentrava-me da força e direção do vento, fitava a folha que seria o meu alvo, lançava o projetil, á primeira vista parecia que ela passaria longe do meu objetivo, porém, o vento mudará a flecha e a folha se chocavam, a folha se rompia ao meio e a flecha seguia seu caminho impactando-se contra a árvore com violência, á partir dali já teria pego o fundamental, recolhia as flechas pelo local, logo continuava á repetir os movimentos, um seguido do outro, passava cerca de 02 horas realizando aquela mesma tarefa, até poder chegar á perfeição, ou pelo menos melhorar o meu potencial.
Dava um intervalo, degustava minha barra de cereal tomando a água de meu cantil, observava as árvores quando tinha uma ideia.
Levantava-me da grama, pegava meu arco e minha bolsa com as flechas, começava á me locomover entre as árvores, e sempre que me locomovia atingia a árvore mais próxima á minha frente, avançava continuando á atirar na próxima arvore, aquele treino serviria para desenvolver minha percepção, agilidade e mira, a floresta ela longa, o trajeto durava cerca de uma hora, corria, movia-me, corria-movia-me, seguia para frente, e á cada movimento atingia a árvore á minha frente.
Ao chegar no final da floresta, movia-me para dentro da mesma procurando seguir os mesmos movimentos de antes, só que desta vez recolhia as flechas que estariam cravadas na árvore, após uma hora estaria no inicio da floresta, adentrava a mesma seguindo a primeira etapa, movendo-me para frente, esquerda e atingindo a primeira árvore da frente, seguia caminho seguindo para o final da floresta.
Três horas haviam se passado, meu físico estava no limite, desta vez sentava na grama, cruzava ambas as pernas, fechava os olhos na famosa posição de lótus, começava á esvaziar minha mente, e assim começava á sentir a direção do vento, tentaria me tornar um só com ele, mantinha-me centrado, depois de 2 horas meditando levantava, e retornava para a base e tinha o meu merecido descanso.